A ex-presidente da Bolívia Jeanine Áñez foi presa na madrugada deste sábado (13). A informações foi divulgada pelo ministro de governo do país, Carlos Eduardo del Castillo, em uma rede social. Jeanine é investigada por um suposto golpe contra o ex-presidente Evo Morales, em 2019. As autoridades não informaram onde a ex-presidente foi detida.
Na sexta-feira (12), o Ministério Público boliviano emitiu um mandado de prisão contra a ex-presidente e alguns ministros de seu governo por sedição e terrorismo. Segundo documentos identificados pelo jornal local La Razón, a acusação também inclui terrorismo e traição. Além da ex-presidente, o ex-ministro da Energia, Rodrigo Guzmán, também foi preso.
Os outros ministros indiciados pelo MP são Arturo Murillo, (Governo) Yerko Núñez (Presidência), Luis Fernando López (Defesa) e Álvaro Coimbra (Justiça). A ordem de prisão inclui ainda ex-membros do alto comando militar boliviano em 2019, entre eles o almirante Palmiro Jarjuri, ex-comandante da Marinha e Jorge Gonzalo Terceros, ex-comandante da Força Aérea.
Áñez assumiu a presidência da Bolívia em 12 de novembro de 2019, dois dias depois que Morales renunciou em meio a protestos sociais em todo o país que deixaram cerca de 30 mortos e deixou o cargo em novembro 2020, após a vitória de Luis Arce nas urnas, o afilhado político do líder indígena.
Áñez era a segunda vice-presidente do Senado e, diante de um vácuo no poder, assumiu a presidência no país. Ela foi a segunda mulher a governar a Bolívia, depois de Lidia Gueiler (1978-1980), derrubada após golpe militar.