Trinta e quatro civis foram mortos em duas semanas em incidentes na região de Kivu, no leste da República Democrática do Congo (RDC), de acordo com um relatório de especialistas regionais divulgado nesta segunda-feira (28).
No total, 34 civis foram mortos, 19 sequestrados e três feridos nos "principais incidentes" ocorridos durante o período de 29 de novembro a 12 de dezembro de 2020 nas províncias de Kivu do Norte e do Sul, segundo este relatório do Rastreador de Segurança de Kivu (KST).
Dos seis incidentes documentados pelo KST, três ocorreram no território de Beni (Kivu do Norte), com um total de 25 mortes, e foram atribuídos aos combatentes das Forças Democráticas Aliadas (ADF).
Além disso, no território de Rutshuru, "homens armados não identificados sequestraram duas mulheres e três meninas (...). Os sequestradores estupraram as reféns. Eles exigiram um resgate de 5.000 dólares pela libertação dos reféns", informou o relatório.
Historicamente, os ADF são rebeldes muçulmanos de Uganda instalados no leste da RDC desde 1995. Eles não atacam a vizinha Uganda há anos, vivendo do tráfico na densa floresta ao redor de Beni, onde se estabeleceram.
O ADF é o grupo armado mais mortal (mais de 800 mortes em um ano) entre as dezenas ainda ativos nas duas províncias de Kivu.
Depois de abril de 2019, vários de seus ataques foram reivindicados pelo "Estado Islâmico - África Central". O ADF, por sua vez, nunca reivindicou qualquer ação.
* AFP