A Suprema Corte dos Estados Unidos rejeitou mais uma ação judicial de republicanos que tentava reverter o resultado da eleição em quatro Estados em que o candidato do Partido Democrata, Joe Biden, derrotou o presidente americano, Donald Trump. A decisão, que contou com os votos inclusive de ministros indicados pelo republicano, praticamente inviabiliza a tentativa de Trump de contestar a vitória de Biden.
O processo foi iniciado pelo procurador-geral do Texas, Ken Paxton, que defendia a invalidação do pleito em Wisconsin, Pensilvânia, Georgia e Michigan. Em curta decisão, o Tribunal considerou que o pedido não tinha validade constitucional. "O Texas não demonstrou interesse reconhecível na maneira como outros estados conduzem suas eleições", destacou a corte.
Um grupo de 126 deputados republicanos, entre eles o número 1 do partido na Câmara dos Representantes, Kevin McCarthy, havia assinado moção em defesa da reversão dos resultados eleitorais. A ação também foi endossada por 19 Estados governados pela legenda do presidente.
O próprio Trump depositava suas esperanças nesse processo. "Se a Suprema Corte mostrar sabedoria e coragem, o povo americano provavelmente ganhará o talvez mais importante caso da história e nosso processo eleitoral será respeitado outra vez", escreveu, em publicação no Twitter hoje.
Embora os Estados já tenham certificado a vitória de Biden, o atual líder da Casa Branca ainda se recusa a admitir a derrota. Sem apresentar provas, ele tem repetido que a eleição foi marcada por fraude e deflagrou uma batalha jurídica para tentar permanecer no cargo.
Na última segunda-feira, a Suprema Corte negou outra ação judicial iniciada por um deputado republicano que tentava bloquear a oficialização do triunfo de Biden na Pensilvânia. Na ocasião, os juízes não apresentaram comentários e não houve dissidentes.