Donald Trump nem admitiu a derrota para Joe Biden - e talvez nunca o faça.
Mas o tamanho de seu ego, agora alimentado por mais de 70 milhões de votos nas urnas em 2020, não o deixará de fora do poder por muito tempo. Some-se a isso a falta de nomes no Partido Republicano para enfrentar os democratas daqui quatro anos. A legenda enfrenta o dilema que os adversários, agora eleitos, tiveram de encarar em 2016. A diferença é que os republicanos têm Trump, o que pode ser visto pelo lado positivo ou negativo.
Positivo porque o presidente é muito popular, candidatíssimo a se eleger em 2024. Negativo porque o partido está refém do trumpismo. Ou seja, sabe que não voltará tão cedo à Casa Branca sem Trump.
Em evento com apoiadores, na quarta-feira (2), o presidente que deixará o poder em 20 de janeiro começou a ensaiar sua volta.
- Foram quatro anos maravilhosos. Nós estamos tentando ficar por mais quatro anos. Caso contrário, vejo vocês em quatro anos - disse, segundo um vídeo obtido pelo site Politico.
Há rumores de que ele irá anunciar seus planos políticos nas próximas semanas com dois objetivos em mente: neutralizar adversários internos que por ventura pensem em ser candidato em 2024 e para manter o partido sob sua tutela.