O jornalista Vitor Netto colabora com o colunista Rodrigo Lopes, titular deste espaço.
Chamou a atenção o nome dado ao ciclone subtropical que atingiu o Rio Grande do Sul durante o fim de semana: Biguá. Trata-se de uma referência a uma ave marinha que está mais próxima dos porto-alegrenses do que se imagina.
Costumeiramente vistas nos taludes do Arroio Dilúvio, em Porto Alegre, as aves têm penugem preta e pescoço comprido e as patas similares às de um pato. Os biguás costumam medir entre 60 e 73 centímetros e alimentam-se de peixes, crustáceos e outros invertebrados.
De onde vêm os nomes dos ciclones?
Os eventos climáticos são batizados pela Marinha do Brasil, a partir de uma lista com nomes de origem tupi, que foi atualizada pela última vez em abril de 2023. O primeiro foi o Akará, uma tempestade que atingiu o Brasil em fevereiro de 2024. Em segundo, aparecia o Biguá.
A lista faz parte das Normas da Autoridade Marítima para as Atividades de Meteorologia Marítima, da Diretoria de Hidrografia e Navegação. Conforme a Marinha, ao se atingir o final da seguinte relação, uma nova lista de nomes será proposta.
Os próximos nomes são:
- Caiobá (Habitante da mata)
- Endy (Luz do fogo)
- Guarani (Guerreiro)
- Iguaçú (Rio grande)
- Jaci (Lua)
- Kaeté (Mata virgem)
- Maracá (Instrumento indígena)
- Okanga (Madeira)
- Poti (Camarão)
- Reri (Ostra)
- Sumé (Deus da agricultura)
- Tupã (Deus do trovão)
- Upaba (Lagoa)
- Ybatinga (Nuvem)
- Aratu (Caranguejo)
- Buri (Palmeira)
- Caiçara (Cerca)
- Esapé (Iluminar)
- Guaí (Pássaro)
- Itã (Concha)
- Juru (Foz)
- Katu (Bondade)
- Murici (Arbusto do cerrado)
- Oryba (Felicidade)
- Peri (Planta d’água)
- Reia (Realeza)
- Samburá (Cesto indígena)
- Taubaté (Pedras altas)
- Uruana (Tartaruga do mar)
- Ytu (Cachoeira)