A Alemanha está vivendo uma situação sanitária "muito grave" devido ao aumento dos contágios por coronavírus, advertiu nesta quinta-feira (22) o instituto de vigilância epidemiológica Robert Koch (RKI), depois que o país registrou 11.287 novos casos nas últimas 24 horas.
— A situação é globalmente muito grave — afirmou em uma entrevista coletiva Lothar Wieler, presidente do instituto.
A Alemanha, como todos os países europeus, enfrenta há várias semanas um forte aumento dos casos de covid-19. Desde o início da epidemia, ao menos 380.762 pessoas foram infectadas e 9.875 morreram vítimas da doença no país.
— O vírus pode estar se propagando sem controle em algumas áreas desde setembro — declarou Wieler, antes de explicar que os "jovens são atualmente os mais expostos ao vírus".
Ao mesmo tempo, o presidente do RKI afirmou que ainda é possível conter a pandemia "respeitando sistematicamente os gestos de proteção, mas também ventilando regularmente" os locais fechados.
As autoridades alemãs intensificaram as medidas contra a pandemia, incluindo a proibição de reuniões. Uma área do sul do país, próxima de Berchtesgaden, determinou um confinamento quase completo.
Europa em alerta
Na última semana, a Europa registrou um novo recorde de casos de coronavírus, com mais de 927 mil diagnósticos confirmados em sete dias, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). De acordo com a entidade, o aumento foi de 25% no período.
Rússia, Itália e República Tcheca foram responsáveis por mais da metade dos novos casos de covid-19 no continente. Esse aumento das contaminações obrigou diversos países a retomarem restrições mais severas.
Na quarta-feira (21), por exemplo, a Irlanda tornou-se o primeiro país da Europa a retomar o confinamento total — o lockdown no país deve durar, pelo menos, seis semanas.