O parque Disney de Xangai voltou a abrir suas portas ao público nesta segunda-feira (11) — — com algumas restrições — sinal da volta à normalidade progressiva na China, apesar da ameaça persistente do coronavírus. O parque de diversões, localizado na maior cidade chinesa, é o primeiro no mundo que reabre desde o início da pandemia, com consequências econômicas significativas para o grupo de entretenimento americano.
À medida em que a propagação do coronavírus diminui na China nas últimas semanas, o país começou a reabrir algumas atrações turísticas, como a Grande Muralha e a Cidade Proibida em Pequim. No Shanghai Disneyland Park, os visitantes devem usar máscara e mostrar a cor verde em um aplicativo de seu celular para comprovar que não estão infectados e podem entrar.
A retomada da atividade será progressiva. O parque planejou receber um máximo de 24 mil pessoas ao dia por várias semanas, em vez das 80 mil que costuma receber normalmente. Além disso, é obrigatório fazer a reserva antecipadamente pela internet. Dentro do parque, os anúncios nos megafones lembram os clientes da necessidade de manter a distância nas filas das atrações.
Apesar dos temores, as entradas para este primeiro dia de abertura esgotaram em poucos minutos na sexta-feira (8), quando foram abertas as vendas na internet, informou a imprensa local.
Uma epidemia de US$ 1,4 bilhão
Graças às medidas radicais de confinamento, a China viu diminuir gradualmente o número de casos da pandemia desde março. Não há registro de novos mortos desde meados de abril. No entanto, o número de infecções disparou novamente nos últimos dias, principalmente em Wuhan, onde não havia novos casos há um mês.
A reabertura do parque de Xangai é uma boa notícia para o grupo Walt Disney, que caiu na bolsa nos últimos meses. A multinacional de entretenimento avalia o impacto negativo da crise de saúde e econômica em suas atividades em US$ 1,4 bilhão, incluindo bilhões relacionados aos seus parques de diversão e outras atividades.
Por outro lado, a Disney pode estar satisfeita com o sucesso da Disney+, sua plataforma de streaming que estreou no outono na América do Norte e na Austrália e foi então estendida para vários países europeus em março. A Disney fechou seu parque em Xangai no final de janeiro e fez o mesmo com suas instalações nos Estados Unidos, França, Japão e Hong Kong.