A Europa acelerou o desconfinamento nesta sexta-feira (29), enquanto a pandemia de coronavírus continua a avançar nas Américas, com mais de mil mortes em 24 horas nos Estados Unidos e no Brasil. Na Ásia cresce a preocupação com uma nova onda.
Nos cinco meses desde o aparecimento em dezembro do coronavírus em Wuhan, na China, a covid-19 matou cerca de 360 mil pessoas e infectou mais de 5,8 milhões, segundo dados oficiais, provavelmente muito abaixo da realidade.
O impacto do vírus também tem sido letal para a economia mundial. O PIB da Itália e da França caíram 5,3% no primeiro trimestre como resultado da pandemia, segundo dados publicados nesta sexta.
Na França, a montadora Renault anunciou o corte de cerca de 15 mil empregos em todo mundo, 4,6 mil deles no país. Também informou que "adaptará" capacidades na Rússia e suspenderá projetos no Marrocos e na Romênia.
Duramente atingida pela pandemia, com 175.760 óbitos em meio a dois milhões de casos, a Europa continua seu desconfinamento após a desaceleração da propagação do vírus. As fronteiras externas da União Europeia (UE) permanecem fechadas, e as internas serão reabertas gradualmente.
Na tentativa de recuperar a normalidade, a Áustria reabre hotéis e infraestruturas turísticas, e a Turquia reabre parcialmente mesquitas. No Reino Unido, escolas e lojas poderão abrir a partir de segunda-feira (1º).
Na França, museus, parques e cafés serão abertos na terça-feira (no caso de Paris, será permitido comer apenas nos terraços) e estarão autorizados deslocamentos de mais de 100 quilômetros de casa.
O futebol também retorna. A Alemanha retomou o campeonato em meados de maio. Espanha, Inglaterra e Itália anunciaram na quinta-feira que farão o mesmo nas próximas semanas.