Com o cancelamento de dezenas de voos por causa dos violentos protestos que se instalaram no Chile desde sexta-feira (18), milhares de pessoas ficaram ilhadas no aeroporto internacional de Santiago. Pelas redes sociais, brasileiros relataram dificuldade de obter informação e de remarcar a passagem.
Segundo os passageiros, no aeroporto não há funcionários nem do local nem das companhias aéreas para dar orientação. Relatos também dão conta de que não há locais abertos para se comprar comida ou água.
Em nota, a Latam informou que "lamenta a situação pela qual estão passando seus passageiros e reforça que está fazendo o máximo esforço para minimizar os impactos em sua operação e oferecer soluções de viagem e flexibilidade".
Por causa do incidente, a companhia decidiu cancelar todos os seus voos com origem no aeroporto de Santiago entre as 19h de domingo (20) e as 10h de segunda (21), com exceção de três: LA530, LA704 e LA2364.
Na noite deste domingo (20), através das suas redes sociais, a companhia informou que 11 voos com destino a Santiago também haviam sido cancelados e que os passageiros poderiam reprogramar a passagem pelo site da companhia latam.com.
A onda de protestos violentos que se instalou no Chile começou por causa do aumento de preço das tarifas de transporte (3,75%) nos horários de pico. As manifestações e confrontos se espalharam por diversas partes do país, mesmo após o presidente Sebastián Piñera ter cancelado na noite de sábado (19) o aumento nas tarifas de metrô, estopim para a crise atual.
O metrô de Santiago chegou a ser fechado. Ônibus, estações e edifícios foram incendiados e houve saques e confrontos de manifestantes com a polícia. Ao menos 11 pessoas morreram.