Subiu para 11 o número de mortos na pior explosão social em mais de três décadas no Chile, informaram as autoridades locais nesta segunda-feira (21). Quase 1,5 mil pessoas foram detidas desde o início da onda de protestos no país, na sexta-feira (18).
Após um fim de semana marcado por saques, incêndios e enfrentamentos nas ruas, o primeiro dia útil desde o começo dos conflitos foi marcado por longas filas para embarque nos ônibus, metrô funcionando parcialmente e um enorme congestionamento na capital, Santiago. No centro da cidade, é grande a presença de militares e policiais.
Bem menos empregadores cancelaram a jornada de trabalho, mas as aulas continuam suspensas em praticamente todos os colégios e universidades.
A falta do metrô — eixo do transporte público, com cerca de 3 milhões de passageiros por dia — é o que mais causa estranhamento na cidade de quase 7 milhões de habitantes, agora obrigados a fazer longas filas para tomar o ônibus, ou para ter acesso às poucas estações que abriram.
A poucos metros da Casa de Governo, em pleno centro de Santiago, a estação de La Moneda abriu suas portas depois das 7h, permitindo o ingresso de dezenas de pessoas que esperavam impacientes para poder embarcar. Vários soldados controlavam o fluxo de entrada.
— A cidade está em paz e na calma — afirmou o chefe militar responsável pela segurança, Javier Iturriaga, após sobrevoar a capital chilena.
A declaração contraria o tom alarmista da declaração de domingo à noite do presidente Sebastián Piñera, segundo o qual o país está "em guerra contra um inimigo poderoso". Veja o vídeo: