O presidente moldávio em exercício, Pavel Filip, dissolveu o Parlamento neste domingo (9) e convocou novas eleições para tirar essa antiga república soviética da crise em que se encontra mergulhada há várias semanas.
Primeiro-ministro nomeado presidente em exercício após a suspensão, hoje, do presidente pró-Moscou Igor Dodon por parte da Corte Constitucional, Filip assinou, tão logo assumiu o cargo, os decretos de dissolução do Parlamento e de convocação para eleições em 6 de setembro, anunciou a Presidência.
Em entrevista coletiva, Filip explicou que seu antecessor havia se negado a sancionar esse decreto de dissolução, depois da decisão da Corte Constitucional, ontem, sobre o tema.
Em resposta a um pedido da segunda maior força política do Parlamento, o Partido Democrata, a Corte decidiu, neste domingo pela manhã, suspender Dodon de suas funções.
O Parlamento moldávio havia aprovado no sábado a integração de um governo proveniente de uma inédita aliança entre forças pró-russas e pró-europeias para resolver a crise política instalada desde as eleições legislativas de fevereiro. Desse pleito não saiu nenhuma maioria clara.
Pequena nação de 3,3 milhões de habitantes situada entre a Ucrânia e a Romênia, a Moldávia luta para sair de sucessivas crises políticas e se vê, com frequência, afetada por escândalos político-financeiros, como a descoberta, em 2016, de que um total de 1 bilhão de dólares (15% de seu PIB) desapareceu de três bancos do país.
* AFP