Anunciada pelo governo federal, uma reunião bilateral — encontro com caráter mais formal — entre Jair Bolsonaro e o presidente da França, Emmanuel Macron, era um dos encontros mais esperados pela comitiva brasileira que participa do G20, no Japão.
No entanto, a delegação francesa divulgou outra informação: o que havia sido agendado era uma breve conversa em tom informal entre os dois, prevista para depois do almoço dos líderes. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.
Na quarta-feira (26), a assessoria de Bolsonaro divulgou o encontro à imprensa e abriu o processo de credenciamento de jornalistas. Nesta sexta (28), algumas horas antes da reunião anunciada, o governo afirmou que o encontro foi cancelado. O porta-voz do governo, Otávio Rêgo Barros, afirmou que a equipe de Macron pediu o cancelamento. Ele disse que o presidente francês queria mudar o horário da conversa, mas a nova sugestão não batia com a agenda brasileira.
Após o novo agendamento, a conversa informal ocorreu nesta sexta. Os presidentes falaram sobre questões climáticas e comércio internacional. O encontro durou de 15 a 30 minutos.
Barros afirmou ainda que Bolsonaro convidou o presidente francês para visitar a região amazônica no Brasil, e que reafirmou o compromisso com o Acordo de Paris — que trata sobre medidas para conter mudanças climáticas. Durante a campanha presidencial, Bolsonaro cogitou sair do acordo, provocando forte repercussão.
O bate-papo ocorre em meio a críticas que Bolsonaro recebeu de lideranças europeias, algumas feitas por Macron.
A chanceler alemã, Angela Merkel, afirmou na quarta-feira (26) que queria conversar com o presidente brasileiro sobre o desmatamento no Brasil.
— Assim como vocês, vejo com grande preocupação a questão das ações do presidente brasileiro (em relação ao desmatamento) e, se ela se apresentar, aproveitarei a oportunidade no G20 para ter uma discussão clara com ele — afirmou Merkel aos seus deputados, às vésperas da cúpula no Japão.