O governo do Sri Lanka decretou nesta segunda-feira (22) estado de emergência a partir de meia-noite, depois de atribuir a um movimento islamita local, o National Thowheet Jama'ath (NTJ), a autoria dos atentados suicidas de domingo (21), que deixaram pelo menos 290 mortos.
Em um intervalo de algumas horas no dia de Páscoa, atentados com bomba espalharam horror em hotéis e igrejas que celebravam a missa em vários pontos da ilha do sudeste da Ásia. A área não registrava tanta violência desde o fim da guerra civil, há 10 anos.
O porta-voz do governo, que apontou o grupo NJT, disse que não entende "como uma pequena organização neste país poderia fazer tudo isto".
– Estamos investigando sobre uma possível ajuda estrangeira e seus outros vínculos, como formaram homens-bomba, como produziram as bombas – completou.
O NJT se tornou conhecido no ano passado por atos de vandalismo contra estátuas budistas. A polícia foi alertada há 10 dias que o grupo preparava atentados suicidas contra igrejas e a embaixada da Índia em Colombo. As autoridades anunciaram até o momento a detenção de 24 pessoas, mas não revelaram detalhes sobre nenhuma delas.
O presidente Maithripala Sirisena comandou nesta segunda-feira uma reunião do conselho de segurança depois de retornar ao país de 21 milhões de habitantes.