Uma autoridade policial teria enviado uma carta em 11 de abril ao alto escalão de segurança do governo do Sri Lanka, alertando sobre ataques planejados contra igrejas católicas no país. No documento, segundo publicação do jornal The New York Times, havia menção a uma ameaça feita pelo grupo radical islâmico National Thowheeth Jamaath, citando fontes de inteligência internacionais.
Neste domingo (21), mais de 200 pessoas morreram após igrejas e hotéis em três cidades serem atacadas. Outras 450 ficaram feridas. O primeiro-ministro, Ranil Wickremesinghe, confirmou que havia informações sobre um possível atentado, mas que nem ele e nem ninguém de seu gabinete foram informados.
"Todos os funcionários devem ser instruídos a prestar a máxima atenção a esse relatório e ser extra vigilantes e cuidadosos com relação a localidades VIP e sob sua supervisão", escreveu Priyalal Dassanayake, o vice-inspetor-geral de polícia, no alerta que fez às autoridades. "Investigações altamente confidenciais estão em andamento", acrescentou.
Segundo Wickremesinghe, o governo vai investigar por que as medidas adequadas para impedir os ataques não foram tomadas. Ele afirmou que a prioridade do governo agora é "prender os terroristas".
– O primeiro de tudo é garantir que o terrorismo não levante sua cabeça no Sri Lanka – afirmou.
O governo do Sri Lanka bloqueou o acesso a redes sociais logo após a série de ataques. A medida é uma tentativa de impedir a disseminação de boatos relativos aos atentados. Um toque de recolher também foi decretado em todo o território até as 6h de segunda (22), e as escolas vão ficar fechadas até, no mínimo, quarta-feira (24).