O chefe do governo espanhol, Mariano Rajoy, pediu neste sábado (21) ao Senado a destituição do governo regional catalão de Carles Puigdemont, a fim de convocar novas eleições para impedir a separação da Catalunha. O governo separatista da Catalunha não deixou a Madri qualquer outra escolha, disse Rajoy, cujo partido tem maioria absoluta no Senado, depois de um Conselho extraordinário de ministros.
Baseando-se em um artigo nunca antes utilizado da Constituição, o líder conservador pediu ao Senado que lhe confiasse a faculdade de dissolver o parlamento catalão, para "convocar eleições no prazo máximo de seis meses".
Rajoy também deseja que todo o governo catalão presidido por Carles Puigdemont seja removido de suas funções, que passarão a ser exercidas "em princípio pelos ministérios (nacionais), enquanto durar esta situação excepcional".
Carles Puigdemont ameaça proclamar formalmente a independência da Catalunha, uma região tão grande quanto a Bélgica, que representa 19% do PIB da Espanha.
Ele se baseia em um referendo de autodeterminação que organizou em 1º de outubro, desafiando a proibição da Justiça e onde, segundo ele, 43% dos catalães votaram, 90% pela independência.