Após percorrer mais de 640 quilômetros pelo Rio Grande do Sul, a Chama Crioula chegou às 18h30min desta sexta-feira (7) no Parque Maurício Sirotsky Sobrinho, abrindo oficialmente o Acampamento Farroupilha 2018. Neste ano, a centelha saiu de Iraí em 10 de agosto e foi conduzida a cavalo por todo o percurso, por cerca de 20 cavalarianos.
A cerimônia ocorre desde 1947, quando um grupo de oito jovens retirou uma centelha da Pira da Pátria, na Redenção, e levou até o Colégio Júlio de Castilhos, em Porto Alegre. Um desses jovens era o tradicionalista Paixão Côrtes, que morreu em 27 de agosto, aos 91 anos.
Como forma de homenagem ao tradicionalista, quem recebeu a chama neste ano foi Carlos Paixão Côrtes, o filho de Paixão Côrtes, acompanhado de Renato Borghetti, o patrono do acampamento.
— Foi muito emocionante, 71 anos depois, acender a Chama Crioula que meu pai acendeu lá em 47. Homenagens que estou representando agora após a morte dele, mas que ele teve a satisfação de receber em vida — disse Carlos Paixão.
A Chama Crioula, segundo o Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG), representa a história e a tradição gaúcha, resgatada pelos jovens do Colégio Júlio de Castilhos.
— Através do simbolismo da Chama Crioula, eles criaram um imaginário popular que resumia toda aquela revolução cultural que eles fizeram na sociedade na época, de resgate da nossa identidade — afirmou o presidente do MTG, Nairo Callegaro.
O primeiro dia oficial do Acampamento Farroupilha tem ainda show de Pedro Ortaça, que começa às 21h30min desta sexta-feira (7) no palco principal.