Um turista de 65 anos passou mal e morreu durante viagem de lazer a Morro de São Paulo, um dos destinos turísticos mais conhecidos da Bahia. A morte foi confirmada no domingo (14), cinco dias depois de a vítima ser picada por um inseto.
Morador de Santos, em São Paulo, o jornalista e advogado Cid Penha, 65 anos, viajava com amigos. Segundo o Estadão, eles acreditam que ele tenha sido picado por uma aranha- marrom, de veneno extremamente tóxico, mas as causas da morte ainda são investigadas.
A cronologia dos fatos
Na terça-feira (9), o grupo fez um passeio de lancha. Durante o jantar, em um restaurante conhecido na região, ele falou que estava com uma possível picada na perna.
No dia seguinte, quarta-feira (10), ele se dirigiu à Unidade Básica de Saúde de Morro de São Paulo reclamando de dores da suposta picada na região da panturrilha. O local estava vermelho e inchado.
Como o paciente e os acompanhantes não tinham certeza sobre o que causara o acidente, a equipe de atendimento seguiu os protocolos previstos para picadas de inseto não identificado. O paciente foi encaminhado para a Santa Casa de Valença.
O local da picada estava com coloração escura com princípio de necrose. Na Santa Casa, os médicos realizaram os procedimentos, apesar de ter sido considerada improvável a picada pela aranha-marrom, mas o paciente não melhorou.
Cid foi transferido para o Instituto do Coração (Incar), um hospital particular, no município de Santo Antônio de Jesus, por ser cardiopata. Ele ficou internado no local até domingo, quando morreu.
Caso é apurado
Foi realizada uma varredura nas regiões visitadas pelo turista em busca de possíveis animais peçonhentos, segundo a prefeitura de Cairu.
A Secretaria Municipal de Saúde disse que todos os protocolos foram atendidos até a transferência do paciente para unidade de referência regional e que prossegue com a investigação sobre o caso.
A Santa Casa de Misericórdia de Valença informou que até a transferência, Cid estava consciente e recebeu todo suporte clínico e médico. Em nota, afirmou que em menos de 30 minutos após a chegada do paciente, a equipe plantonista acionou o Centro de Informações Anti-Envenenamento da Bahia foi e que foi indicada a improbabilidade de ataque por aranha-marrom.
O Incar disse que as informações sobre o caso são passadas exclusivamente à família e às autoridades.