Nos anos 1930, o poeta holandês Hendrik Marsman descreveu seu país como a terra onde "o som da água, com seus desastres eternos, é temido e ouvido". A frase contradiz o cenário do final de tarde de quinta-feira, 13 de junho, enquanto estamos na parte mais alta do Afsluitdijk, o maior dique do mundo: as águas do normalmente impetuoso Mar do Norte estão calmas, o normalmente ventoso litoral holandês dá lugar a uma brisa e o sol, raro neste final de primavera, se põe no horizonte.
Inspiração para o RS
Notícia
Como a Holanda conseguiu "domar" a água e se tornar um exemplo na proteção contra inundações
Com 26% do território abaixo do nível do mar e 59% dele sujeito a inundações, uma enchente em 1953 matou 1,8 mil pessoas no diminuto país europeu, na região de um delta. A tragédia deu início a um ambicioso plano de construção de novas barreiras e diques, levado muito a sério até hoje