A prefeitura de São Leopoldo informou, nesta segunda-feira (13), que o município calcula que os impactos do evento climático atingem diretamente 180 mil pessoas no município que possui 238 mil habitantes, conforme o Censo 2020. A contagem é de 100 mil moradores fora de suas casas. A maioria está acolhida em residências de familiares. Cerca de 12 mil estão alojados em 88 espaços de acolhimento na cidade.
"O município está com 60 escolas e 16 unidades básicas de saúde debaixo d'água", apontou nota remetida à reportagem.
Nesta segunda, de acordo com o prefeito Ary Vanazzi, uma força-tarefa liderada pelo corpo técnico e cerca de 100 operários trabalhava para restaurar dois pontos de ruptura do dique do Rio dos Sinos. O grupo também atuou para reativar motores nas casas de bombas que devem auxiliar no controle da cheia.
— Estamos trabalhando de forma incansável diante da maior tragédia da nossa história, buscando soluções e tecnologia para solucionar essa água ainda acumulada na cidade e retomar os serviços de saúde. Estamos muito gratos com a solidariedade e o volume de donativos que temos recebido. Sigam nos ajudando. Vamos superar juntos esse momento —declarou Vanazzi.
Reforço no dique
A atividade de reconstrução em pontos danificados do dique ocorrem em duas frentes. Uma delas na área central da cidade, nas imediações da Avenida João Corrêa, e outra na Vila Brás, próximo à divisa com Novo Hamburgo.
Conforme a prefeitura, operários concluíram nesta segunda-feira a construção de um acesso ao dique, feito de pedras para que máquinas pesadas e caminhões com material pudessem acessar a crista do barramento.
Com o reparo no dique e a recomposição das casas de bombas, a administração municipal espera conseguir remover grande parte da enchente, liberando áreas de bairros atingidos como Vicentina, São Miguel, Vila Maria e Vila Brás.