Guaíba, na Região Metropolitana, precisa diariamente de 20 toneladas para alimentar 57 mil desalojados que estão abrigados na cidade. São pessoas do próprio município e também 20 mil moradores de Eldorado do Sul, localidade vizinha.
São 68 abrigos em Guaíba. Os itens mais necessários no momento são colchões, cobertores e comida. Segundo o prefeito Marcelo Maranata, há comida para alimentar os abrigados para a terça-feira (14), mas não sabe se haverá comida para quarta-feira (15).
Atualmente, o nível do Guaíba na cidade está em 4m94cm e a expectativa é a de que o número eleve ainda mais na terça-feira. São, ao todo, 19 mil casas afetadas.
— Não autorizamos ninguém voltar para a casa. Quem voltou, voltou sem nosso conhecimento. Não começamos nem a limpar as ruas, pois existe novamente uma possível inundação — explicou o prefeito.
Pedido ao governo federal
Maranata também é o atual presidente da Associação dos Municípios da Região Metropolitana de Porto Alegre (Granpal). Em vídeo publicado nas suas redes sociais no domingo (12) direcionado ao presidente Lula, ele sugeriu que o governo federal mude temporariamente sua sede para o Rio Grande do Sul, solicitando a presença no Estado.
— Não vamos conseguir nos reerguer só com as prefeituras e o governo do Estado. Precisamos do apoio do governo federal — afirmou à reportagem.