O governo federal anunciou, nesta quarta-feira (29), que vai priorizar a contratação e a execução de projetos de infraestrutura no Rio Grande do Sul que possam modernizar, requalificar e atualizar os sistemas de proteção já existentes contra as enchentes.
Novos projetos de infraestrutura, em fase de pedido de financiamento pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), deverão ser revistos para considerar o que ocorreu nas últimas semanas, quando ao menos 169 pessoas morreram.
O detalhamento ocorreu em uma entrevista coletiva na tarde desta quarta-feira (29), em Porto Alegre, com a presença dos ministros da Secretaria Extraordinária de Apoio à Reconstrução, Paulo Pimenta, da Casa Civil, Rui Costa, e da Saúde, Nísia Trindade, e prefeitos de municípios atingidos pelas cheias.
— Queremos que esses projetos sejam revistos com os últimos dados. Porque não adianta licitar uma obra com os parâmetros anteriores ao que aconteceu porque estarão desatualizados. Projetos que requalificam o que já existe terão prioridade para a gente buscar agilizar a contratação — disse Costa.
Para uma solução definitiva para os problemas de alagamentos, o ministro adiantou que será contratado um grande estudo elaborado por técnicos e especialistas de universidades que farão uma análise mais aprofundada da situação geral do Rio Grande do Sul para propor soluções estruturantes que evitem novas ocorrências como as do mês de abril e maio.
Costa revelou também que conversou com o governador Eduardo Leite para sugerir que o governo estadual assuma a gestão de um sistema integrado de prevenção a desastres e proteção contra enchentes dos rios. O governo federal ficará responsável pelos investimentos financeiros dessas ações.
— Não sei se isso ficaria em uma superintendência, secretaria ou outro órgão a ser criado. Mas é importante que o governo estadual faça a manutenção desses sistemas estruturantes e mantenha a vigilância sobre eles, não que cada município opere isoladamente — explicou o ministro da Casa Civil.