A Corsan atualizou na tarde desta sexta-feira (3) que 436 mil imóveis estão com o abastecimento de água comprometido no Rio Grande do Sul. Até o momento, 52 municípios foram atingidos, principalmente nas regiões Central e Nordeste.
Apesar dos números elevados, este novo relatório marca uma diminuição em relação ao boletim emitido na quinta-feira (2) — eram 533 mil imóveis com desabastecimento, em 58 cidades do Estado.
A nova atualização mostra que a região Central, agora, é a mais afetada, com ocorrências em 12 cidades e 143 mil famílias desabastecidas. Entre as cidades com os sistemas de abastecimento mais comprometidos estão Santa Cruz do Sul, Santa Maria, Rio Pardo, Sobradinho, São Pedro do Sul, Agudo, Boqueirão do Leão, Silveira Martins, Lagoa Bonita do Sul e Passa Sete.
Depois, vem a região Nordeste, com 121 mil imóveis de 15 cidades sem água. Gramado, Canela, Estrela, Taquari, Veranópolis, Encantado e Feliz têm impactos de maior proporção na tarde desta sexta-feira.
Já na Região Metropolitana, há 99 mil imóveis com fornecimento do serviço interrompido, com Sapucaia do Sul e Esteio sendo os municípios com maior número de ocorrências, atingidas principalmente por problemas graves na captação. E o Vale do Sinos conta com 28 mil famílias afetadas, com a cidade de Parobé sendo a localidade mais afetada.
Dificuldades
Segundo o boletim da Corsan, a situação de desabastecimento evidencia as dificuldades enfrentadas pela companhia para reparar estruturas do sistema de abastecimento de água em cidades drasticamente afetadas pelas cheias.
Os complicadores, de acordo com o documento, são diversos, como alagamento das estruturas operacionais, devido ao escoamento da água das cheias das bacias mais altas para as regiões mais baixas; a falta de energia elétrica, que interrompe sistemas de captação, tratamento e distribuição em diversos municípios; a grande quantidade de vegetação e destroços nas redes de captação; e a dificuldade de acesso a algumas localidades.
Medidas emergenciais
A falta de energia elétrica faz com que as bombas que impulsionam a água das estações de tratamento para residências e empresas não funcionem, causando o desabastecimento. Entre as medidas emergenciais adotadas pela empresa estão a contratação de geradores e de carros-pipa, para abastecer a população no primeiro momento. O site da companhia mantém uma atualização em tempo real dos municípios atingidos.