A Corsan atualizou na noite desta quinta-feira (2) que 533 mil imóveis estão com o abastecimento de água comprometido no Estado. Até o momento, 58 municípios foram atingidos, marcando um aumento em relação aos números divulgados quarta-feira (1º).
O boletim aponta que a situação do Vale do Sinos e da Região Metropolitana vem piorando, pulando de 82 mil imóveis sem água para 117 mil nas últimas 24 horas. Este cenário se dá por conta das chuvas no Rio Grande do Sul, que fez transbordar bacias em diversas regiões do Estado, e provoca o escoamento das águas vindas dos rios Caí e Taquari às regiões mais baixas do Estado.
Assim, na Região Metropolitana, o abastecimento está comprometido em Alvorada, Canoas, Gravataí, Guaíba e Viamão. Já no Sinos, as cidades de Arroio dos Ratos, Estância Velha, General Câmara, Riozinho e Rolante estão com o fornecimento interrompido.
As ocorrências relacionadas às chuvas que afetam o abastecimento atingem, ainda, 43 mil imóveis de sete cidades da região das Missões, que começam a aparecer no relatório da Corsan: Crissiumal, Cruz Alta, Espumoso, Horizontina, Salto do Jacuí, São Martinho e Três Passos.
As regiões mais afetadas
A região mais afetada, porém, segue sendo a Nordeste. A Corsan, no entanto, aponta para a redução no número de imóveis sem água — são cerca de 211 mil na noite desta quinta contra 301 mil apontados durante a tarde. Agora, também, são 16 municípios afetados, sendo que antes eram 25.
Os municípios da região Nordeste atingidos pelo desabastecimento, seja total ou parcial, são Bento Gonçalves, Bom Retiro do Sul, Canela, Encantado, Estrela, Feliz, Flores da Cunha, Gramado, Montenegro, Nova Petrópolis, Paverama, Pinto Bandeira, São José do Herval, São Marcos, São Sebastião do Caí e Taquari.
Na região Central, também houve nova redução no número de residências desabastecidas. São 149 mil imóveis — 6 mil a menos que o último boletim, de tarde —, em 13 municípios. Os atingidos são: Agudo, Arroio do Tigre, Barros Cassal, Boqueirão do Leão, Candelária, Lagoa Bonita do Sul, Restinga Seca, Rio Pardo, Santa Cruz do Sul, Santa Maria, Silveira Martins, Sobradinho e Venâncio Aires.
Medidas emergenciais
A falta de energia elétrica faz com que as bombas que impulsionam a água das estações de tratamento para residências e empresas não funcionem, causando o desabastecimento. Entre as medidas emergenciais adotadas pela empresa estão a contratação de geradores e de carros-pipa, para abastecer a população no primeiro momento. O site da companhia mantém uma atualização em tempo real dos municípios atingidos.