Milhares de beneficiários do Bolsa Família que perderam os documentos em razão da cheia no Rio Grande do Sul poderão ser identificados pela biometria da Justiça Eleitoral. A ação vai garantir que as famílias recebam ainda um benefício adicional, referente à calamidade pública, a ser pago pela Caixa Econômica Federal às vítimas da enchente.
Inicialmente, serão liberadas 500 mil validações biométricas na base da Identificação Civil Nacional, facilitando o reconhecimento correto das pessoas e o pagamento a quem realmente precisa. A Caixa vai disponibilizar o serviço nos canais de atendimento do banco para que as pessoas com direito ao benefício possam conferir se tiveram o seu nome incluído.
Depois disso, elas devem comparecer a uma agência bancária, sem a necessidade de apresentar um documento físico. O beneficiário só precisa informar o número do CPF e ter a digital capturada e comparada com a que consta na Base de Dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
De acordo com o governo federal, apenas o serviço de conferência vai ser disponibilizado à Caixa, o que mantém em segurança o banco de dados da Justiça Eleitoral. Isso porque a comparação entre as digitais pode ser feita sem acesso aos dados — apenas com o resultado que identifica se a biometria confere ou não.