O maior navio de guerra da Marinha do Brasil e da América Latina já está em deslocamento ao Rio Grande do Sul para auxiliar as vítimas das fortes chuvas e enchentes. A embarcação possui duas estações de filtragem de água, capazes de purificar até 20 mil litros por hora, e Unidade de Terapia Intensiva (UTI). A previsão é de que atraque no porto de Rio Grande no próximo sábado (11).
Em entrevista à Rádio Gaúcha na tarde desta quarta-feira (8), o vice-almirante Fonseca Junior, comandante do 5º Distrito Naval da Marinha, afirma que o Navio-Aeródromo Multipropósito Atlântico vem equipado com mantimentos, oito embarcações adjacentes e tropas de fuzileiros que servirão como um polo de abastecimento para todas as regiões do Rio Grande do Sul.
— Nós não descansaremos até que toda a população, todo habitante da cidade esteja em uma condição melhor de vida e que seja socorrido. Então, os esforços serão empregados até o último limite nosso — disse o comandante.
Quando questionado sobre a demora para o envio do navio ao Estado, que sofre com as consequências das chuvas e enchentes desde o dia 30 de abril, Junior respondeu que a decisão de enviar a embarcação foi tomada no dia 1º de maio, mas que leva tempo para prepará-lo para a viagem.
— A gente precisa abastecer o navio, a gente precisa preparar o navio, a gente precisa colocar tudo que a gente tem dentro do navio pra depois o navio poder vir pra cá. A decisão já foi tomada lá atrás, logo no início do mês. Mas a divulgação foi feita próximo do dia em que o navio saiu em direção a Rio Grande — explica.
Conforme o vice-almirante, a preparação de abastecer a embarcação, reunir mantimentos, embarcar viaturas, materiais e pessoas é o que justifica os oito dias para enviar o Atlântico.
— O navio leva quatro dias pra chegar aqui do Rio de Janeiro, eu não acho que tenha sido, assim, uma demora muito grande, como muita gente tem falado. Eu acho que foi uma decisão bastante rápida. É um apoio a uma estrutura complexa para se movimentar.
Além disso, Fonseca Junior destacou que cerca de 2 mil militares estão trabalhando no território para auxiliar as vítimas, bem como mais 1,2 mil tripulantes dos navios em deslocamento para o Estado virão atender à população. O vice-almirante ressaltou, ainda, a importância dos voluntários que abraçaram a causa.