A passagem do ciclone extratropical pelo Rio Grande do Sul ainda deixa famílias fora de casa por inundações e por problemas nas estruturas das residências. Em São Borja, na região da Fronteira Oeste, parte da cidade tem inundação, com 21 famílias removidas, sendo que nove estão em um abrigo organizado pela prefeitura. As demais estão desalojadas, em casas de familiares.
Em Uruguaiana, também na fronteira, três famílias foram retiradas de casa, de forma preventiva. Segundo o coordenador da Defesa Civil na região, capitão Sandro Quase, a previsão é de que o Rio Uruguai, à medida que vá voltando ao nível normal na parte mais ao norte, vá subindo mais ao Sul.
— São Borja em breve vai estabilizar, mas Uruguaiana vai continuar em elevação provavelmente até quarta a noite — alerta o capitão.
A Defesa Civil de São Leopoldo, no Vale do Sinos, segue em alerta também devido ao aumento do nível do Rio dos Sinos.
Na região do Vale do Caí, famílias começam a retornar para casa após nível do Rio Caí baixar. A expectativa é de que a maior parte da população que precisou de abrigo consiga voltar ao lar até segunda-feira (17)
Falta de luz
Pelo menos 29 mil clientes seguem sem energia elétrica após passagem de ciclone, ocorrida há quatro dias. Pelotas e Rio Grande são os municípios mais atingidos pelo desabastecimento.
Manifestantes bloqueiam a BR-392, no km 0, em Rio Grande, no final da tarde deste domingo, em protesto pela falta de energia elétrica. Um protesto semelhante ocorreu neste sábado (15).
Segundo os dados mais recentes da Defesa Civil do Estado, a passagem do ciclone deixou dois óbitos, 30 feridos, 517 desabrigados e 673 desalojados. O número de pessoas afetadas é de cerca de 18 mil. São 69 municípios atingidos — em 21 foram registrados destelhamentos.
A semana deverá começar sob tempo frio, com possibilidade de geada principalmente em regiões da Metade Sul.