A Força Aérea Brasileira (FAB) iniciou às 0h desta quarta-feira (1º) o controle aéreo da área da terra indígena yanomami e adjacências. A implantação de uma Zona de Identificação de Defesa Aérea (Zida) no espaço aéreo da Região Norte foi estabelecida com base em decreto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O objetivo é contribuir para o combate ao garimpo ilegal em Roraima. Trata-se da deflagração da Operação Escudo Yanomami 2023. A Zida separa o espaço aéreo em faixas de risco: haverá uma área reservada (Área Branca); uma área restrita (Área Amarela); e uma área proibida (Área Vermelha) (Confira a imagem abaixo).
Caberá ao Comando da Aeronáutica a adoção de medidas de controle contra todos os tipos de tráfego aéreo suspeitos. Na Área Vermelha, somente as aeronaves envolvidas na Operação Escudo Yanomami 2023 estarão autorizadas.
As aeronaves que descumprirem as regras estabelecidas nas áreas determinadas pela Força Aérea estarão sujeitas às Medidas de Policiamento do Espaço Aéreo (MPEA). Estas medidas vão da identificação da aeronave, pedidos de mudança de rota e de pouso obrigatório até tiros de advertência e de detenção.
O Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE) é o responsável pelo planejamento, coordenação e execução das Ações de Força Aérea voltadas para a Tarefa de Controle Aeroespacial durante a Operação Escudo Yanomami 2023, conduzindo os meios aéreos necessários para identificação, coerção ou detenção dos tráfegos voando na área de interesse.
Durante a operação, a FAB vai utilizar aeronaves de modelos A-29, R-99 e E-99. A Força Aérea Brasileira planeja, ainda, instalar um radar modelo TPS-B34, que pode ser aerotransportado de Santa Maria (RS), com o objetivo de aumentar a capacidade de defesa aérea, reforçando o poder de detecção e controle na região. As aeronaves radar E-99 e R-99 já estão em Roraima e o alerta de Defesa Aérea de Boa Vista foi reforçado.