Está marcado para 7 de julho o segundo leilão de bens do advogado Maurício Dal Agnol. Caso não sejam todos arrematados, uma nova sessão está prevista para 21 de julho, neste caso com 50% de desconto. O leilão foi marcado pelo juiz Ricardo Soriano Fay, da 1ª Vara Federal de Passo Fundo. Serão ofertados 17 imóveis, avaliados em R$ 29.507.760,00.
As rodadas serão realizadas apenas por meio eletrônico, pela leiloeira Joyce Ribeiro, no site de leilões judiciais (acesse aqui). O dinheiro arrecadado será utilizado para quitação de impostos.
Os lances podem ser à vista ou parcelados, com no mínimo 25% de entrada e o saldo em até 30 vezes. O imóvel de maior valor é um sítio em Passo Fundo, avaliado em R$ 9.932.760,00.
O caso Dal Agnol completou oito anos em 2022. Recentemente, o juiz Luís Clóvis Machado da Rocha Jr., titular da 4ª Vara Cível de Passo Fundo, liberou R$ 3,6 milhões para pagamento das 27 primeiras vítimas que deram origem à investigação contra o advogado acusado de desviar dinheiro de clientes. A estimativa em processos já concluídos é de uma dívida de R$ 290 milhões.
Maurício Dal Agnol foi alvo da Operação Carmelina, deflagrada em 2014 pela Polícia Federal (PF). A investigação apontou que ele teria ficado com dinheiro de clientes após acordos com a operadora de telefone Oi, em processos que discutiam ações da extinta Companhia Riograndense de Telecomunicações (CRT).
Após indiciamento, Dal Agnol foi denunciado pelo MP-RS, junto com outras pessoas, pelos crimes de formação de quadrilha, patrocínio infiel, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica. Há outras ações criminais contra ele na Justiça estadual, mas essa é a principal. O advogado chegou a ser preso, mas agora responde aos processos em liberdade.
No primeiro leilão de bens dele, que ocorreu no dia 15 de março, foram vendidos quatro lotes, que somaram R$ 2.351.890,00. Na segunda rodada desse leilão, em 24 de março, foram vendidos 16 lotes com arrecadação de R$ 11.345.205,56. Os imóveis que não foram arrematados ficam em venda direta pelo período de 90 dias. Nesse período é possível fazer lances nos mesmos moldes do leilão. A diferença é que não há disputa: o primeiro que registrar o lance no site será o vencedor. A venda direta foi encerrada em 22 de junho, com a comercialização de mais dois imóveis, que somaram R$4.197.500,00. Ou seja, somando tudo o que foi vendido, foram arrecadados R$17.894.595,56 com os bens de Dal Agnol.