O goleiro Bruno está com uma dívida de R$ 3 milhões referente ao não pagamento da pensão alimentícia de seu filho, Bruninho. Apesar disso, o jogador comprou, recentemente, um Kia Sorento 2013 que custa R$ 80 mil.
O carro foi adquirido numa revenda em Cabo Frio, Região dos Lagos, onde Bruno cumpre pena em regime aberto pelo assassinato de Eliza Samudio. A empresa postou uma foto com o jogador em seu Instagram, nos stories, mas apagou devido à repercussão negativa da publicação.
O dinheiro da pensão também era utilizado pela família de Bruninho para a compra de materiais escolares. Para custear os gastos, a solução encontrada foi a realização de uma rifa para aquisição do valor necessário, proposta pelos amigos dos avós da criança.
A psicóloga e coach Renata Gouvêa, que exerce a profissão em São Paulo, conheceu a história de Bruninho e seus avós por meio dos noticiários. Para ajudar o menino, propôs uma rifa. Além dela, os amigos da família do garoto estão se mobilizando para o levantamento do valor necessário à compra dos materiais para o início do próximo ano letivo.
Bruninho Samudio, 11 anos, vai para a sétima série em 2022. O menino, fruto de um relacionamento entre Bruno e Eliza Samudio, estuda com bolsa integral em uma escola particular em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. Apesar de o ano letivo não ter terminado, a família do menino já quer se organizar para a compra do uniforme e dos materiais do período seguinte.
— Chega essa época e tenho que comprar os livros didáticos, material para ele, uniforme... É um gasto de quase R$ 2 mil reais — disse a avó de Bruninho, Sônia Moura, ao jornal Extra.
O sustento de Sônia e Bruninho vem da renda do marido dela, que é tapeceiro. Neste ano, a mãe de Eliza tentou conseguir dinheiro trabalhando em uma plantação de milho, localizada em um sítio do interior do Mato Grosso do Sul, mas o clima do local impediu que ela tivesse êxito.
— Foi a pior seca que já vimos e perdi tudo — lamenta Sônia.
A Justiça alega não conseguir contatar Bruno. Por esse motivo, o jogador ainda não foi citado no processo de pensão alimentícia.
—Até hoje não sei como não o encontram. Ele está jogando num time amador, tem endereço fixo e todo mês tem que se apresentar em juízo. Como pode? — questiona Sônia.
Bruninho pretende seguir a profissão do pai. O menino conseguiu uma bolsa em uma escolinha de futebol e lá atua como goleiro na categoria de base. A performance do garoto em quadra já é vista de forma positiva pelos professores e técnicos. A previsão é de que logo o garoto possa jogar em campo.