Caminhoneiros autônomos tentam organizar paralisação nacional na próxima segunda-feira (1º). Os protestos estão sendo chamados também no Rio Grande do Sul, embora o tamanho da adesão seja incerto, conforme as entidades que representam o setor. Ao menos uma organização discorda do movimento.
A mobilização pode acontecer nas principais rodovias, segundo estimativa do presidente do Sindicato dos Caminhoneiros Autônomos de Ijuí e também diretor da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transporte e Logística (CNTTL), Carlos Alberto Litti Dahmer. Na Região Sul, o ato também tem apoio do Sindicato dos Transportadores Autônomos de Bens de Rio Grande (Sindicam). O Estado tem cerca de 250 mil caminhoneiros autônomos, segundo Litti.
A paralisação não é unânime. O presidente da Federação dos Caminhoneiros Autônomos do RS (Fecam), André Costa, é mais cauteloso quanto à possível adesão de colegas. O dirigente acredita que a pauta de reivindicações não fala por todos os caminhoneiros e tem cunho político.
Entre as reivindicações, a categoria pede a redução do valor do diesel e a revisão da política de preços adotada pela Petrobras. Na semana passada, um novo reajuste elevou em 9,15% o preço médio de venda do combustível para as distribuidoras. Também pedem que se discuta o piso do frete e a aposentadoria especial dos caminhoneiros.
Em reunião nesta quinta-feira (28) na Câmara dos Deputados, os representantes da categoria reforçaram os pontos aos parlamentares e reiteraram a paralisação.
Bloqueios
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) informou que ainda aguarda definição sobre uma operação especial para eventual paralisações e bloqueios nas estradas do país. Até o fechamento deste texto, ainda não haviam sido divulgados detalhes.