Em Capão da Canoa, no Litoral Norte, o volume de chuva inundou ruas e invadiu casas na madrugada desta quarta-feira (8). Em entrevista ao Gaúcha Atualidade, o prefeito Amauri Germano estimou que cem a 200 famílias terão de ser removidas de suas residências por conta dos estragos causados pela inundação.
A Defesa Civil municipal ainda não tem o número consolidado de desalojados, mas prevê um aumento ao longo do dia. Nesta manhã, as equipes da prefeitura trabalham na dragagem das ruas para o escoamento da água até o mar.
Segundo o prefeito, a cidade foi mais castigada por ainda sofrer com os danos causados pelo ciclone-bomba, que atingiu o Rio Grande do Sul na semana passada. No município, o fenômeno destelhou parte de 15 das 21 escolas, além do ginásio municipal.
— Esse momento que estamos vivendo é um dos piores. É um momento de comoção, temos que nos abraçar e seguir em frente — afirma.
Em Maquiné, também no Litoral Norte, a Defesa Civil estima que pelo menos mil pessoas estejam isoladas na cidade em razão da alta do Rio Maquiné. Entre pessoas desabrigadas e desalojadas, são pelo menos 20 famílias.
— O número ainda pode aumentar na medida em que muitas localidades ficaram sem comunicação e saberemos no decorrer do dia, após os trabalhos de campo e restabelecimento da comunicação — explica a coordenadora da Defesa Civil de Maquiné, Natavie de Cesaro Kaemmerer.
De acordo com o prefeito João Marcos, os maiores pontos de alagamento são registrados no interior do município. A cidade também sofre com falta de energia elétrica. A prefeitura está fazendo levantamento dos estragos.
Em Caraá, a situação já começa a normalizar. O pico na cidade foi por volta das 3h, quando várias ruas da cidade ficaram alagadas e a Defesa Civil precisou interromper o trânsito. Conforme o coordenador municipal da Defesa Civil, Antonio Augusto Borges, nenhuma família foi retirada de casa.