Duplicar 230 quilômetros da BR-386 e implantar faixa adicional de 73,7 quilômetros em cada sentido da freeway são duas das grandes obras que estão previstas pela CCR Via Sul para os 30 anos em que administrará quatro rodovias gaúchas. Além das estradas que ligam a Região Metropolitana ao Noroeste e ao Litoral, a concessionária é responsável, desde 15 de fevereiro, pela BR-448 e pelo trecho gaúcho da BR-101.
Em cinco anos, essas quatros rodovias alcançarão o mesmo parâmetro técnico de qualidade de pavimento e sinalização, ainda que tenham configurações de pistas e de velocidades diferentes, garante o presidente da CCR ViaSul, Roberto Calixto. Em agosto de 2020, por exemplo, os 473 quilômetros da concessão estarão cobertos por serviço de guincho, ambulância e caminhões-pipa (atendimento a incêndios) e boiadeiros (transporte de animais mortos em acidentes). Para atingir esse patamar, novas praças de pedágios, bases operacionais, postos de atendimentos ao usuários serão instalados.
— Toda a infraestrutura disponibilizada para a freeway terá também nas outras — diz Calixto.
Em 2021, está previsto o início da duplicação da BR-386. A CCR trabalha atualmente na elaboração do projeto, levantamento de interferências e licenciamento ambiental. Entre 2031 e 2033, a freeway deve ganhar uma faixa adicional em cada sentido e a BR-101 deve ser contemplada com retornos, interconexões, acessos e iluminação nova. Na BR-448, não há previsão de obras significativas além de investimentos em recuperação, manutenção, conservação e atendimento aos usuários.
Os sete pedágios projetados serão ativados gradativamente. Em fevereiro de 2020, entram em operação as quatro praças na BR-386 e uma na BR-101. Em agosto daquele ano, começa a cobrança bidirecional em Santo Antônio da Patrulha. Os valores, hoje em R$ 4,40, serão corrigidos anualmente pelo IPCA.
Hoje, nosso trabalho maior é administrar ansiedades. Tenho 36 prefeitos, 36 câmaras de vereadores querendo que sejam atendidas as suas necessidade. Só que há um cronograma e não consigo atender a todos de uma vez.
ROBERTO CALIXTO
Presidente da CCR ViaSul
No dia em que assumiu a freeway, em 15 de fevereiro, a CCR Via Sul também estava obrigada a iniciar trabalhos como conserto de placas e pontes, roçada, pintura e manutenção do pavimento nas demais rodovias. Exigência da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) era de que as rodovias oferecessem condição mínima de segurança ao usuário. E é nesses trabalhos que 620 funcionários, divididos em 48 equipes, estão focados nesses primeiro meses de concessão, explica Calixto. Outros 300 atuam no atendimento e administração da freeway. Mas não é possível fazer tudo de uma vez, adverte:
— Hoje, nosso trabalho maior é administrar ansiedades. Tenho 36 prefeitos, 36 câmaras de vereadores querendo que sejam atendidas as suas necessidade. Só que há um cronograma e não consigo atender a todos de uma vez — comenta.