Em protesto à tragédia em Brumadinho (MG), familiares e amigos de vítimas da Mina do Córrego Feijão espalharam cartazes neste sábado (26) na praça principal da localidade de Casa Branca, a cerca de 15 quilômetros da área atingida.
Escritos à mão, os cartazes acusam a companhia Vale do Rio Doce, responsável pela mina, de negligência. As cartolinas estampam frases como "o lucro é o que Vale", "a Vale mata", "a Vale não vale nada".
— Esse é o sentimento geral aqui. Está todo mundo indignado. É uma vergonha o que aconteceu _ diz uma moradora.
De acordo com balanço dos Bombeiros de Minas Gerais, divulgado por volta das 17h30min deste sábado, 34 pessoas morreram na tragédia.
Tragédia em Brumadinho
A barragem de Brumadinho, cidade localizada a cerca de 60 km de Belo Horizonte, se rompeu na tarde de sexta-feira (25). A tragédia deixou debaixo da lama boa parte das instalações do complexo Córrego do Feijão, que pertence à mineradora Vale do Rio Doce.
A última atualização divulgada pelas autoridades, às 17h30min de sábado (26), indicam que o número de mortos subiu para 34. Outras 81 pessoas estão desabrigadas e 23 feridos estão no hospital. Conforme uma lista da Vale, pelo menos 253 funcionários, próprios e de empresas terceirizadas, ainda não foram localizados. As buscas devem seguir pelas próximas semanas.
Em número de mortos, a tragédia supera o desastre registrado há três anos em Mariana, também em Minas Gerais, quando a barragem de Fundão se rompeu e deixou 19 pessoas mortas.
Neste sábado, familiares e amigos de vítimas da Mina do Córrego Feijão espalharam cartazes na praça principal da localidade de Casa Branca, a cerca de 15 quilômetros da área atingida. Escritos à mão, os cartazes acusam a Vale do Rio Doce de negligência. As cartolinas estampam frases como "o lucro é o que Vale", "a Vale mata", "a Vale não vale nada".