A obra da Travessia Urbana de Santa Maria pode receber R$ 120 milhões para serem aplicados nos serviços que preveem a duplicação de trechos das BRs 158 e 287. O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) informou a GaúchaZH que há a garantia de R$ 55 milhões, por meio das chamadas emendas impositivas (em que a União é obrigada a repassar o dinheiro), obtidos pela bancada gaúcha no Congresso. Além disso, há a possibilidade de um aporte de mais R$ 65 milhões - valor que consta no projeto de lei orçamentária 2019 (previsto junto ao Ministério dos Transportes) -, e que será colocado em votação pelo Congresso em 14 de dezembro.
Prestes a completar quatro anos de execução, no próximo mês, a Travessia Urbana de Santa Maria - orçada em R$ 309 milhões - já recebeu R$ 190 milhões de investimento, o que corresponde a 61,4% do total previsto. Com isso, se o valor de R$ 120 milhões se confirmar, para 2019, a duplicação de quase 15 quilômetros das BRs 158 e 287 pode ser concluída ainda no próximo ano. Porém, o que pode impedir a conclusão no prazo - previsto para ocorrer até 2020 - é a necessidade de desapropriações em determinados pontos onde se dão as obras.
Ainda no mês passado, o Dnit deu início às audiências de conciliação, com a mediação da Justiça Federal de Santa Maria, entre o departamento e proprietários daqueles lotes e imóveis que estão sendo desapropriados por se localizarem no curso das obras da Travessia Urbana.
Com isso, foram analisados oito processos que envolvem terrenos que ficam às margens do Trevo de Rosário do Sul, na BR-158. O Dnit, por meio de nota, informou à reportagem que esses imóveis "ficam junto ao trevo da BR-158, ao lado esquerdo da BR-287, no sentido centro-bairro, do viaduto até a Rua Portugal (...) e são propriedades que inviabilizam construção da rampa de acesso ao novo viaduto”.
O acordo firmado entre o Dnit, Justiça Federal de Santa Maria, Advocacia Geral da União e proprietários prevê a desapropriação parcial, atingindo num primeiro momento áreas que impeçam o avanço da obra.
A duplicação conta, basicamente, com duas grandes frentes de trabalho. São elas: o lote 1 (entre os trevos da Uglione e da Castelinho) e o lote 2 (do Trevo da Uglione até a ponte sobre o Arroio Taquara, perto da Ulbra). Ao todo, serão 14,5 quilômetros duplicados. No momento, estão em andamento as frentes de trabalho na Rua Duque de Caxias e nos trevos (da Uglione, da rodoviária, do Cerrito e do Rosário).