A dois meses de fechar quatro anos do começo das obras, a Travessia Urbana de Santa Maria – orçada em R$ 309 milhões – já recebeu R$ 190 milhões de investimento, o que corresponde a 61,4% do total previsto, conforme informou o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) a GaúchaZH.
O Dnit deu início, neste mês, às audiências de conciliação, com a mediação da Justiça Federal de Santa Maria, entre o departamento e proprietários daqueles lotes e imóveis que estão sendo desapropriados por se localizarem no curso das obras da Travessia Urbana.
Com isso, foram analisados oito processos que envolvem terrenos que ficam às margens do Trevo de Rosário do Sul, na BR-158. O Dnit, por meio de nota, informou à reportagem que esses imóveis "ficam junto ao trevo da BR-158, ao lado esquerdo da BR-287, no sentido centro-bairro, do viaduto até a Rua Portugal (...) e são propriedades que inviabilizam construção da rampa de acesso ao novo viaduto”.
O acordo firmado entre o Dnit, Justiça Federal de Santa Maria, Advocacia Geral da União e proprietários prevê a desapropriação parcial, atingindo num primeiro momento áreas que impedem o avanço da obra.
Prazos
Após essa primeira audiência de conciliação, a Justiça Federal fixou prazo de 45 dias para que o Dnit viabilize o começo dos pagamentos. Embora não tenha informado à reportagem quanto será desembolsado pelo departamento, neste momento, com as desapropriações, a autarquia garante que os valores estão previstos em orçamento próprio.
O Dnit ainda acrescentou que “os valores variam de acordo com a metragem a ser utilizada (...) Todos os processos são tratados de forma individual e como estão previstas mais etapas de desapropriação para o trecho em obra, o Dnit não divulga valores”.
Valores
Ainda no fim de setembro, o governo federal liberou R$ 10 milhões para a execução dos serviços de duplicação até o fim do ano. Com isso, será possível utilizar o montante para garantir as frentes de trabalho nos dois lotes de obras em trechos das BRs 158 e 287.
A obra conta, basicamente, com duas grandes frentes de trabalho. São elas: o lote 1 (entre os trevos da Uglione e da Castelinho) e o lote 2 (do Trevo da Uglione até a ponte sobre o Arroio Taquara, perto da Ulbra). Ao todo, serão 14,5 quilômetros duplicados. No momento, estão em andamento as seguintes frentes de trabalho: na Rua Duque de Caxias, nos trevos (da Uglione, da rodoviária, do Cerrito e do Rosário).