Considerada a principal ligação entre as regiões central e metropolitana, a duplicação da RS-287 é vital ao desenvolvimento econômico de uma série de municípios, como Santa Maria e Cachoeira do Sul. Por tudo isso, mais de dez associações comerciais e industriais de cidades dessas regiões buscam que a principal ligação do centro do Estado com Porto Alegre receba investimentos do Estado ou, até mesmo, privados. A iniciativa chamada “Duplica 287” conta ainda com a adesão dos vales do Jacuí e do Rio Pardo. E a ideia é viabilizar, a curto e médio prazo, o começo da duplicação de 220 quilômetros entre Santa Maria e Tabaí.
Estudos solicitados a pedido das entidades empresariais, como a Câmara de Comércio, Indústria e Serviços de Santa Maria (Cacism), apontam que seria necessário mais de R$ 1 bilhão para viabilizar a duplicação. Conforme o presidente da Cacism, Rodrigo Décimo, o estudo ainda aponta uma outra situação: que a rodovia pode se tornar inviável, nos próximos dez anos, em função de receber uma demanda excessiva de veículos que por ela passam. Além disso, a rodovia é o principal caminho para escoar as produções agrícola e industrial da região.
O estudo também traz que a duplicação levaria de 30 a 40 anos. O prazo leva em conta, basicamente, a entrega do trecho à iniciativa privada. Ou seja, seria feita a concessão pública da RS-287 – por meio de processo licitatório – e, com isso, a instalação de uma praça de pedágio próximo de Santa Maria. O trecho em questão atualmente é administrado pela Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR).