Foi retomada na manhã desta segunda-feira (2) a duplicação de pouco mais de 4 quilômetros da ERS-509, a Faixa Velha de Camobi, a ERS-509, em Santa Maria, que já contabiliza um atraso de três anos de entrega da obra. Os serviços foram interrompidos em outubro de 2017 porque, à época, o governo do Estado não repassou os valores que devia à construtora Della Pasqua, empresa responsável pelas atividades. Agora, nove meses após a paralisação, a expectativa é que sejam necessários até quatro meses para a conclusão dos cerca de 10% que restam.
Com o canteiro de obras novamente em atividade, a construtora colocou cerca de 50 profissionais – entre engenheiros e profissionais da construção civil – na execução dos serviços. São mais de 20 máquinas e caminhões, entre escavadeiras, retroescavadeiras, que transportam areia e demais suprimentos.
O diretor-proprietário da construtora Mauro Della Pasqua falou com GaúchaZH, nesta manhã, e disse que serão necessários cerca de quatro meses em decorrência também do período de inverno, por ser chuvoso, o que precisa ser observado.
Os trabalhos, nesta reta final, preveem atividades no entorno do viaduto da Osvaldo Cruz. Ali está, segundo Della Pasqua, "o maior gargalo da obra":
_ Faremos, basicamente, a contenção no entorno do viaduto e também o reforço do leito e a colocação de divisórias da pista. Também será feita a pavimentação final ali daquele acesso e, ainda, vamos reforçara sinalização ao longo de toda a obra.
Empréstimo
A retomada das obras somente está sendo possível porque a Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão obteve, ainda em abril, a liberação de um empréstimo de R$ 19 milhões junto ao BNDES, o que deve garantir a conclusão das atividades.
Ainda em abril, o Daer afirmou a GaúchaZH que serão necessários R$ 9 milhões para a finalização da obra. E haveria um valor pendente de R$ 14 milhões junto à construtora.
As obras preveem, ao todo, a duplicação de 4,3 quilômetros da rodovia. Iniciada em 2013, ela deveria ter sido entregue no fim de 2015, o que não aconteceu. A duplicação tinha um custo inicial de R$ 37,3 milhões e consumiu, até o momento, R$ 24 milhões.