O governo do Estado espera concluir até janeiro de 2018 a liberação de um empréstimo junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para garantir a finalização dos serviços de duplicação da RS-509, a Faixa Velha de Camobi, em Santa Maria. A obra da RS-509 está parada desde o começo de outubro porque a construtora responsável pelos serviços não recebeu mais repasses. No cronograma inicial, os trabalhos iniciados em 2013 deveriam ter sido concluídos em dezembro de 2015. Mas, agora, a entrega deve ficar apenas para o primeiro semestre de 2018.
_ Todos nós estamos empenhados nesse propósito de que possamos dar agilidade e concluir essa importante obra para Santa Marie e região. Há uma decisão do governo em finalizar essa obra e, esse valor buscado junto ao BNDES, vai nesse sentido _ afirmou o secretário de Planejamento, Carlos Búrigo.
O secretário explica que há um empréstimo – contraído em outro momento pelo Piratini – que, agora, está chegando ao fim. E há a possibilidade de se colocar junto a esse empréstimo, demandas referentes à rodovia santa-mariense.
_ Queremos contemplar a Faixa Velha com esse recurso do BNDES. A 509 conta com recursos da Cide, que são poucos, sem dizer que os (recursos) do Tesouro também são restritos já que precisam atender a um leque maior de demandas _ explica Búrigo.
A busca de valores junto ao BNDES ainda observa a situação financeira do Estado. Mas, conforme o secretário, há um entendimento por parte do Executivo gaúcho que a RS-509 é prioridade.
Carlos Búrigo afirma que não pode adiantar, no momento, os valores que estão sendo tratados para a obtenção do empréstimo. Mas que as tratativas estão bem encaminhadas.
Depósito em dezembro
O diretor de Infraestrutura Rodoviária do Daer, Luciano Faustino, explica que a obra da RS-509 – por ser de duplicação – é complexa e envolve variáveis que precisam ser observadas. O que justificaria o atraso na entrega da obra, segundo ele:
_ Obras de duplicação são complexas e, por isso, fica quase impossível prever todas as interferências, já que no transcorrer dela se encontra, por exemplo, tubulações, linhas de transmissão. Não é uma obra comum de engenharia. Mas essa é, sem dúvida alguma, nossa prioridade.
Faustino aponta que os números, neste ano, mostram que a duplicação da RS-509 está no radar de investimentos do Estado. Segundo ele, em 2017, foram aplicados R$ 10,9 milhões. Sendo que, para o próximo mês, o Daer depositará mais R$ 4,1 milhões – verba que está pendente junto à construtora Della Pasqua.
Com dois anos de atraso, a duplicação de pouco mais de quatro quilômetros tinha um custo inicial de R$ 37,3 milhões, mas será concluída com um valor final de R$ 50 milhões.