A prefeitura de Pelotas, no sul do Estado, entrou com ação nesta quinta-feira (16) para ter acesso às lâminas dos exames citopatológicos feitos pelo laboratório Serviços Especializados de Ginecologia (SEG) da mesma cidade. Decisão da prefeita Paula Mascarenhas (PSDB) busca encaminhar o material para análise do Hospital de Clínicas, em Porto Alegre.
Na segunda-feira (13), o SEG teve o mandado de segurança negado pelo juiz Luís Antônio Saud Teles. O laboratório entrou com uma liminar para suspender o repasse das amostras ao município.
A prefeitura de Pelotas projeta refazer 2,1 mil testes realizados no período entre 2014 e 2017, número considerado cientificamente suficiente para apontar se ocorreram problemas ou não nos resultados.
No dia 20 de julho, o Ministério Público (MP) recolheu 17 mil amostras de pré-câncer correspondentes ao período de janeiro de 2017 a junho de 2018. O material foi levado ao Instituto Geral de Perícias (IGP), que o mantém sob sua custódia, na Capital.
O Serviço Especializado em Ginecologia, responsável pelos exames até junho deste ano, é investigado pelo MP e pela Polícia Federal, por supostas fraudes denunciadas em um memorando apresentado por médicos e enfermeiros da UBS Bom Jesus, segundo o documento a fraude resultou em erros na conclusão dos exames de pré-câncer do colo de útero.