A Polícia Civil de Taquara, no Vale do Paranhana, deve ouvir nesta quarta-feira (18) mais testemunhas da explosão em um frigorífico no município na segunda-feira (16), que acabou com dois mortos. O delegado Ivair Matos Santos informou que pretende conhecer a versão dos quatro funcionários que sofreram ferimentos no incidente. Até o momento, apenas a proprietária da empresa prestou depoimento à polícia.
O delegado informou que, além dos testemunhos, aguarda o laudo da perícia e está pedindo mais documentos à empresa. Até o momento, toda a documentação solicitada — como alvará de funcionamento, plano de prevenção contra incêndio e relativa à inspeção da caldeira — foi apresentada e estava regular, segundo o delegado.
— O objetivo é apurar se houve negligência, imprudência ou imperícia — afirmou.
Santos informou que a expectativa é de concluir o inquérito em 30 dias — contados a partir de segunda-feira (16). Ele não descarta colher mais depoimentos no período.
O caso
Dois funcionários do frigorífico Marinês Borges morreram após a explosão de uma caldeira na manhã de segunda-feira. Conforme o Corpo de Bombeiros, a força do estouro fez com que os corpos das vítimas fossem arremessados a 25 e 50 metros do local da explosão. As vítimas foram identificadas como Alberto Strauss, 52 anos, e Roberto de Oliveira, 37 anos. Outros quatro funcionários ficaram com arranhões e escoriações.
O acidente ocorreu por volta das 7h30min, na sede da empresa, na Rua Armindo Eugênio Bohrer, no bairro Tucanos. As vítimas estariam colocando lenha no equipamento quando houve o estouro, em uma sala de material de aproximadamente 20 metros quadrados, que ficou destruída.