Em funcionamento há 10 dias, o Hospital Regional de Santa Maria — que levou quase dois anos para abrir as portas — já contabiliza de 200 a 250 pessoas que aguardam por atendimento junto à unidade. O levantamento é da 4ª Coordenadoria Regional de Saúde (4ª CRS) que trabalha na classificação desses pacientes para realizar, posteriormente, encaminhamento por meio das unidades de saúde.
Nessas duas semanas, o Regional tem capacidade para atender, no máximo, 10 pessoas por dia. Porém, esse número não tem sido alcançado, conforme disse a GaúchaZH o coordenador da 4ª CRS, Roberto Schorn.
Até o próximo mês, o Regional deverá aumentar o número de atendimentos, podendo ficar entre 15 a 20 pacientes por dia. Mesmo assim, não haverá um fluxo maior do que isso, de acordo com Schorn. Isso porque o Regional não é um hospital "porta aberta". Ou seja, a unidade apenas recebe pacientes encaminhados pelas unidades de saúde dos municípios da 4ª Coordenadoria Regional de Saúde, que cobre 32 municípios com população total de 564,6 mil pessoas.
Ao todo, neste primeiro ambulatório - que atende pacientes crônicos - o Regional conta com 36 funcionários contratados pelo Instituto de Cardiologia, que é responsável pela gestão da unidade. No local, serão atendidos aqueles pacientes considerados de alto risco como, por exemplo, doentes crônicos e diabéticos.
A estrutura de 20 mil metros quadrados, pronta desde setembro de 2016 e que consumiu R$ 70 milhões, deverá levar até um ano para estar 100% em funcionamento.
Nesta largada, não serão disponibilizados leitos – mesmo que haja uma projeção de serem ofertados cerca de 240. Enquanto isso, aqueles pacientes que necessitarem de internação serão encaminhados para dois hospitais da cidade: o Casa de Saúde e o Hospital Universitário de Santa Maria (Husm).
Já o segundo ambulatório deve estar com as operações iniciadas entre 60 e 90 dias. Nesta unidade, os pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) contarão com os serviços médico e fisioterápicos para quem precisa de reabilitação para tratamento de sequelas. Por fim, o terceiro ambulatório, que deve estar em funcionamento no prazo de até um ano, será referência em cuidados prolongados – para recuperação clínica e funcional de pacientes afetados por sequelas ou traumas.
Após executado este cronograma de um ano, que segue até julho de 2019, a 4ª CRS projeta que será possível viabilizar as primeiras internações mais complexas.