O Hospital Regional de Santa Maria terá um aporte de R$ 17,3 milhões, por parte do governo do Estado, para assegurar o começo das atividades no período de até um ano. Com isso, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) garantirá a implantação da parte ambulatorial do hospital até julho de 2019. O secretário Francisco Paz afirma que a verba possibilitará, além da implantação da parte ambulatorial, "a operacionalização do todo". Ainda segundo ele, o valor leva em conta despesas com contratação de pessoal, serviços de terceirizados, aquisição de equipamentos e ainda reformas.
Nesta semana, o Estado e o Instituto de Cardiologia — que foi anunciado pelo Piratini, no começo do ano, para ficar à frente da gestão da unidade — assinaram o convênio para início das atividades. Até bater o martelo, foram quase cinco meses de tratativas entre as partes até que o convênio fosse, enfim, pactuado.
Desde a última terça-feira (12), passou a valer o prazo para que, em até 30 dias, se tenha o primeiro ambulatório — de um total de três — em funcionamento. Nele serão oferecidos os serviços de atendimento a pacientes crônicos e que tenham encaminhamento por meio das unidades de saúde dos municípios da 4ª Coordenadoria Regional de Saúde (4ª CRS), que cobre 32 municípios com uma população total de 564,6 mil pessoas.
Ainda, conforme o secretário, depois de aberto o primeiro ambulatório, a segunda unidade deve estar com as operações iniciadas entre 60 e 90 dias. Nesta unidade, os pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) contarão com os serviços médico e fisioterápicos para quem precisa de reabilitação para tratamento de sequelas. Por fim, o terceiro ambulatório, que deve estar em funcionamento no prazo de até um ano, será referência em cuidados prolongados. Ou seja, para viabilizar a recuperação clínica e funcional de pacientes afetados por sequelas ou traumas.
Após executado este cronograma de um ano, que segue até julho de 2019, o secretário projeta que, então, será possível viabilizar as primeiras internações mais complexas.
Participação
A verba de R$ 17,3 milhões para o começo das atividades do Hospital Regional será repassada pelo Estado ao Instituto de Cardiologia em três parcelas. A primeira delas, no valor de R$ 5,7 milhões, foi liberada neste mês. A segunda, de R$ 5 milhões, será em outubro. Já a terceira e última ficará para fevereiro de 2019 a um custo de R$ 6,5 milhões.
Dos mais de R$ 17 milhões, conforme o cronograma da SES, R$ 9,5 milhões serão para as demandas com contratação de pessoal. Outros R$ 6,3 milhões para serviços terceirizados. Ainda serão aportados R$ 715 mil para colocar em funcionamento equipamentos e instalações, além de consertos de áreas degradadas e estragadas da estrutura. Também serão destinados R$ 709,5 mil para a compra de equipamentos e de material permanente.
Uma vez em funcionamento toda a parte ambulatorial, o custo por mês do hospital deve girar entre R$ 8 milhões a R$ 10 milhões. Segundo o secretário, os governos federal e estadual irão arcar com os custos de manutenção. Caberá ao Estado, por exemplo, pagar por serviços básicos e operacionais. Já a União ficará responsável pelos repasses das demandas de média e complexidade.
Contratação
Para este momento inicial, com a abertura do primeiro ambulatório, deverão ser necessários de 200 a 300 funcionários. A contratação ficará a cargo do Instituto de Cardiologia que dará início, nos próximos dias, ao processo de seleção dos candidatos.
Além disso, o Instituto de Cardiologia se valerá das empresas que já prestam serviços à rede hospitalar em outras cidades — como Porto Alegre, Cachoeirinha, Alvorada, Viamão e Brasília — para agilizar os serviços dentro da unidade santa-mariense.
Rede Sarah
Uma antiga situação que já foi cogitada em um passado recente, pelo Estado, segue, agora, sendo tratada pela SES: a viabilidade de um braço da Rede Sarah Kubitschek. Conforme o secretário de Saúde, Francisco Paz, o Piratini trabalha nesse sentido:
— Estamos caminhando para colocar uma estrutura de reabilitação para, assim, nos aproximar da Rede Sarah.
O Hospital Regional de Santa Maria terá 270 leitos, todos com atendimento 100% SUS. A estrutura de 20 mil metros quadrados está concluída desde setembro de 2016 e segue com as portas fechadas.