Uma vez aberto, o Hospital Regional de Santa Maria, pronto desde 2016 e que segue com as portas fechadas, deve levar até 12 meses para estar 100% em funcionamento. A informação foi dada pelo secretário de Saúde do Estado, Francisco Paz, a GaúchaZH. Ainda segundo ele, já há um cronograma sendo elaborado pela Secretaria Estadual de Saúde que garanta o funcionamento do hospital. Inicialmente, o Regional abrirá, até a primeira quinzena de junho, os serviços de ambulatório. Depois, serão ofertadas outras especialidades, conforme o secretário disse à reportagem:
— Estamos trabalhando com todo o empenho possível para que possamos, ainda no próximo mês, abrir as portas do hospital com os primeiros serviços do ambulatório. Já a totalidade dos atendimentos, com o Regional operando 100%, deve ocorrer em até 12 meses depois de ele (hospital) ser aberto.
No momento, o Estado trabalha com o Instituto de Cardiologia para encaminhar os detalhes finais em torno do funcionamento da unidade. No começo deste ano, o Piratini escolheu a instituição de Porto Alegre para ficar à frente da gestão do Regional, que será 100% SUS.
— Há, sim, uma demora maior do que inicialmente estávamos prevendo. Mas todos os detalhes estão sendo tratados e acordados entre as partes para assegurar o funcionamento de forma ininterrupta.
O hospital, projetado para ter 270 leitos, teve um custo de R$ 70 milhões em valores atualizados. Mas ainda precisará passar por adequações em parte da estrutura. O custo estimado para esses serviços de reparo é de cerca de R$ 50 mil e será custeado pela próprio Estado.
Segundo Paz, ao todo, serão três ambulatórios – para tratar de demandas de especialidades específicas, de pacientes crônicos e de casos de reabilitação – que atenderão pacientes de todo o Rio Grande do Sul e não somente da Região Central. Também estão previstos atendimentos nas áreas da neurologia e da traumatologia.
Equipe
Há uma projeção de que sejam necessários em torno de 1 mil funcionários para trabalhar no local. A contratação, contudo, ficará a cargo do Instituto de Cardiologia. Para o início das atividades são previstos, pelo menos, 300 profissionais.
Também há um cálculo do Estado que aponta que seriam necessários cerca de R$ 60 milhões para a compra de equipamentos. A União deve aportar verba para dar agilidade a essa demanda. Porém, há uma tendência de que muitos equipamentos sejam locados.
O custo para manter o hospital em funcionamento — levando em conta folha de pagamento e outras despesas — deve girar na casa de R$ 8 milhões por mês.