Enquanto sofre com a dor perda, Paula Albert, 26 anos, junta forças para tentar entender as circunstâncias em que sua mãe repentinamente perdeu a vida. Na tarde da última segunda-feira (2), Marta Albert Porto, 48 anos, sofreu um acidente ainda sem explicação quando viajava pela na BR-386, em Fontoura Xavier, a cerca de 440 quilômetros de onde morava, em Capão do Leão.
Natural de Faxinal de Soturno, a dona de casa era passageira em um caminhão com o marido, o caminhoneiro Paulo Porto, quando foi atingida por uma pedra que quebrou o para-sol do veículo e atravessou o vidro. Segundo Paula, os dois eram muito parceiros e Marta gostava de acompanhar o marido em algumas viagens.
— Eles estavam vindo para Fontoura Xavier, quando meu pai escutou o estouro, olhou e ela estava caída com o cinto, com muito sangue. Não se sabe de onde veio a pedra, mas veio com muita força. A gente quer entender o que aconteceu. É inacreditável, inaceitável que alguém tenha jogado intencionalmente — afirma Paula.
Após ouvir o estrondo e se dar conta do que aconteceu, Paulo pediu ajuda a motoristas na rodovia, sem sucesso. Desesperado com o estado da mulher, que ainda respirava com dificuldade, foi dirigindo até Soledade, onde Marta recebeu o primeiro atendimento e foi encaminhada a Passo Fundo. Ela veio a falecer algumas horas depois, por volta das 17h.
Como o motorista se deslocou por conta até o hospital, a Polícia Rodoviária Federal não foi informada de nenhuma ocorrência no trecho. Ainda não se sabe de que forma a pedra foi arremessada, intencionalmente ou se por outro veículo.
O boletim de ocorrência foi feito em Passo Fundo. Segundo a filha, o caminhão foi encaminhado pela Polícia Civil à Brigada Militar de Fontoura Xavier, para que tirassem fotos, e já foi liberado. O corpo de Marta será velado às 15h desta quarta-feira (4), na capela da cidade de Santos Anjos, no município de Faxinal do Soturno.
— Não existem palavras que confortem. Ela está deformada... Minha mãe sempre foi uma mulher vaidosa, bonita. O sentimento é de tristeza e raiva. Fomos atingidos sem saber por que, nem por quem — lamenta a filha