A Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR) e o governo federal devem se reunir mais uma vez, na semana que vem, para tratar sobre um possível contrato tampão para administração da freeway.
O presidente da EGR, Nelson Lidio Nunes, informou que aguarda nova convocação do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes no Rio Grande do Sul (DNIT) para esclarecer quais serão as obrigações da estatal caso aconteça a celebração do acordo para administrar o trecho de 121 quilômetros — que também inclui partes da BR-290 e da BR-116. A Concepa foi a responsável pela concessão nos últimos 21 anos até o início deste mês.
— A gente tem dúvidas em relação a algumas questões operacionais. Como se opera, qual é a forma de operação, todo o sistema tecnológico é diferente. O Centro de Controle de Operações está montado, e tem que operar — afirma o presidente.
Nunes destacou que questões relacionadas a socorro mecânico e médico também precisam ser esclarecidas para uma eventual celebração do contrato. De acordo com o diretor, esses pontos estarão na pauta do novo encontro. Após a reunião, que ainda não tem data definida, a EGR deve voltar a analisar a viabilidade do contrato.
— Evidente que nós vamos procurar fazer o mais próximo possível do que vinha sendo operado. É uma intenção nossa.
No Diário Oficial da União (DOU) desta quinta-feira (26), está publicado o aviso de licitação para realização das obras de manutenção e conservação da freeway, entre Porto Alegre e Osório. A vencedora da disputa ficará responsável apenas pela manutenção do asfalto, das placas de sinalização, realização de roçada e recolhimento de lixo. As propostas serão abertas às 10h de 7 de agosto, e o processo poderá ser acompanhado no site ComprasNet.
Segundo o DNIT, esse contrato busca garantir a segurança dos usuários da rodovia e não impossibilita que a EGR assuma o trecho, em caso de acordo entre os governos estadual e federal.
— Eles lançaram o edital e tem todo o direito. É um plano alternativo, que pode acontecer a operação da EGR ou não. Então, eles têm de ter uma alternativa. Isso é plenamente plausível — afirma Nunes.
O diretor-presidente da EGR disse que o Dnit encaminhou uma minuta, onde está exposto o "sistema de operação e qualidade da rodovia".