Até o final do mês, a prefeitura de Bento Gonçalves deve lançar o edital para contratar a empresa que será responsável pela construção da usina de resíduos sólidos. Trata-se de uma parceria público-privada em que a prefeitura vai ceder por 30 anos o terreno onde será erguida a usina. Todo o lixo orgânico e seletivo produzido no município será destinado a esse local. A usina vai gerar energia elétrica.
Nesta segunda-feira (9), encerrou o período da consulta pública, última etapa antes da elaboração do texto final do edital. Na sexta-feira (6), durante audiência pública, moradores puderam tirar dúvidas e apresentar sugestões.
De acordo com o secretário de Desenvolvimento Econômico, Sílvio Bertolini Pasin, entre os principais questionamentos da comunidade está a preocupação se a empresa irá, de fato, arcar com os custos. O secretário afirma que não há risco para o município. Ele explica que a usina vai gerar economia de R$ 4 milhões por ano com o transporte dos resíduos, que hoje são levados para o aterro sanitário no município de Minas do Leão.
Ainda segundo o secretário, outra preocupação é com relação ao fluxo de caminhões. Conforme Pasin, como a usina será construída no mesmo local onde é feito o transbordo dos caminhões de coleta, no bairro Pomarosa, o trânsito já é pensado para o fluxo de caminhões nesse local.
Bento Gonçalves produz, em média, de 100 a 105 toneladas de lixo orgânico por dia, além de 15 a 20 toneladas por dia de recicláveis. Porém, de acordo com Pasin, apenas 25% do material reciclável é aproveitado.
— O material vem muito misturado e não se consegue ter um bom aproveitamento. Com a usina, o aproveitamento chegará a 75% — afirma.
Após o lançamento do edital, as empresas interessadas terão 45 dias para se candidatarem.