A Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR) deverá gastar pelo menos mais R$ 500 mil em aluguel até poder ocupar o seu novo prédio, localizado na esquina entre as ruas General Câmara e Andrade Neves, no centro de Porto Alegre.
De novembro de 2015 a junho de 2016, o local serviu de moradia para o movimento Lanceiros Negros. Há pouco mais de um ano, o prédio foi desocupado com a promessa do governo gaúcho de que passaria por reformas. Para mudar para o novo endereço, a EGR depende de autorizações da prefeitura da Capital, uma vez que a construção está localizada em uma área protegida pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e cabe à administração municipal conceder parte da concessão para realizar a obra.
— Lamentamos o interesse (da prefeitura) de não fazer a recuperação do prédio, que vai melhorar a questão urbanística na região. É a legítima burrocracia — critica o diretor-presidente da autarquia, Nelson Lídio Nunes.
Enquanto isso, a EGR segue gastando R$ 30 mil por mês com o aluguel de salas no prédio União, localizado no Centro Histórico, separado a poucos metros do gabinete do prefeito Nelson Marchezan.
O processo se arrasta entre secretarias há oito meses. E vão ser necessários pelo menos outros dois para que a espere acabe. Segundo Nunes, até a cor do prédio motivou semanas de discussões na prefeitura. A projeção atual da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico é de que o projeto de reforma seja concluído até 15 de setembro, caso não seja identificado algum novo problema.
De acordo com a secretaria, nesse período a EGR analisou, durante dois meses, o projeto para realização da complementação dos documentos exigidos pela Equipe do Patrimônio Histórico e Cultural (Epahc).
A EGR calcula que serão gastos R$ 3,5 milhões na reforma do novo prédio. O dinheiro, segundo a autarquia, virá da arrecadação de pedágio.