O empresário Vinícius Pellenz, preso no dia 31 de maio por suspeita de locaute (boicote empresarial) durante a greve dos caminhoneiros, deixou a carceragem por volta das 23h desta segunda-feira (4). A Justiça Federal indeferiu pedido da Polícia Federal para prorrogar a prisão temporária apresentado contra o empresário de Vale Real, cidade da serra gaúcha.
Segundo o advogado Lúcio de Constantino, que defende o empresário, a Justiça entendeu que Pellenz não vai atrapalhar a investigação e que ele se colocou à disposição das autoridades. Um inquérito apura indícios sobre ameaças do suspeito a caminhoneiros, obrigando os motoristas a ficarem parados em postos de combustíveis nas regiões de Bom Princípio, Feliz e Caxias do Sul. Até mesmo um áudio foi divulgado para que o transporte de cargas fosse interrompido nestas regiões.
Constantino ainda informou que seu cliente não tem ligação direta com a transportadora Irapuru, de Caxias do Sul, que foi alvo de mandados de busca e apreensão durante a prisão de Pellenz. O advogado ressaltou que a única ligação é o fato do investigado ser filho do dono da empresa. Os caminhoneiros que teriam sido coagidos, conforme denúncias, seriam desta transportadora.
— Inclusive, estou buscando informações sobre isso e vou tomar todas as providências cabíveis sobre estas questões divulgadas de forma equivocadas — afirma o advogado. A Polícia Federal afirmou que segue investigando casos de locaute no Rio Grande do Sul.