O Corpo de Bombeiros voltou atrás na manhã desta quarta-feira (2) e manteve em 44 o número de desaparecidos após o desabamento de prédio de mais de 20 anos no Largo do Paissandu, no centro de São Paulo. Durante a madrugada, a corporação havia informado que o número tinha sido reduzido para 29.
O dado é estimado, pois diz respeito às pessoas que estavam cadastradas pelo serviço de assistência social da prefeitura como moradores do prédio ocupado, mas que até agora não foram localizadas. Oficialmente, a equipe só tem certeza de uma vítima, um homem que estava sendo resgatado do incêndio na hora da queda do edifício.
Os dados da administração municipal revelam que haviam 317 pessoas que viviam no local consumido por um incêndio até desabar.
Além de Ricardo, trabalhador da 25 de Maro que caiu nos escombros enquanto estava sendo socorrido, moradores da ocupação disseram que uma mulher chamado Selma não teria conseguido sair do prédio com seus dois filhos gêmeos de oito anos de idade.
— Todo mundo conhecia a Selma, lutadora como a gente. Ela morava no oitavo andar e não conseguiu sair — contou o desempregado Cosme Aleixo da Silva, 54 anos.
Segundo os Bombeiros, 75 homens e mulheres da equipe de resgate trabalham na madrugada desta quarta-feira (2) para tentar salvar alguém com vida dos escombros.
O major Schroeder afirmou que os agentes estão usando equipamentos menores como britadeiras para retirar as estruturas e só depois de 48 horas da tragédia, quando a chance de encontrar alguém com vida é quase nula, que eles usaram máquinas pesadas como retroescavadeiras.