Um supermercado de Getúlio Vargas, no norte do Estado, foi interditado na tarde desta quinta-feira (26) após vistoria da força-tarefa do Programa Segurança Alimentar, em conjunto com Vigilância Sanitária, Ministério Público, Polícia Civil e Procon. No local, foram apreendidas cerca de três toneladas e meia de produtos impróprios para consumo.
De acordo com informações do Ministério Público (MP), o estabelecimento Atacadão do Povo, localizado no centro do município, apresentava diversas irregularidades, entre as quais alimentos fora da data de validade — alguns vencidos há cerca de um ano —, carnes apodrecidas, problemas de estrutura e higiene e teias de aranha nas paredes.
Conforme a Polícia Civil, a proprietária foi presa em flagrante por crimes contra as relações de consumo, sem possibilidade de fiança. Para o advogado de defesa Jeison Weber, a medida da força-tarefa foi desproporcional.
— Apreenderam vários materiais que estavam prontos para descarte e foram incluídos como se estivessem à disposição para compra. Com todo respeito às autoridades, (mas) vemos como um abuso (a interdição do local e a prisão da proprietária). A medida causa um prejuízo enorme que certamente repercute de forma negativa, a ponto de levar o mercado à falência, ainda mais neste momento de crise — alega a defesa.
Weber ainda afirma que solicitou na Justiça pela liberdade da dona no estabelecimento, em razão de ela não ter antecedentes criminais e, assim, não haver motivos para mantê-la presa.
Durante a operação, outro mercado foi autuado e teve o depósito interditado por falta de higiene e armazenamento de produtos fora da data de validade, também em Getúlio Vargas.